Que olhos…
Entrei numa livraria,
Numa hora abençoada,
Queria um livro de poesia,
E fui encontrar uma fada.
Numa hora abençoada,
Queria um livro de poesia,
E fui encontrar uma fada.
Ou uma santa qualquer,
Fugida do seu altar:
Tinha formas de mulher,
E uns olhos a cintilar.
Fugida do seu altar:
Tinha formas de mulher,
E uns olhos a cintilar.
Duas esmeraldas brilhando,
Numa tez em tom marfim,
Duas estrelas cintilando,
Num rosto de querubim.
Numa tez em tom marfim,
Duas estrelas cintilando,
Num rosto de querubim.
Amendoados, tão belos
Só lhe encontrei um senão:
Guarda-los e poder tê-los
Dentro do meu coração.
Tivesse eu dinheiro aos molhos,
Fosse milionário um dia,
Para ver sempre esses olhos
Eu comprava a livraria.
Rio de Mouro, 27/O1/2014
Só lhe encontrei um senão:
Guarda-los e poder tê-los
Dentro do meu coração.
Tivesse eu dinheiro aos molhos,
Fosse milionário um dia,
Para ver sempre esses olhos
Eu comprava a livraria.