terça-feira, 28 de janeiro de 2014



 

 


Que olhos…
 
Entrei numa livraria,
Numa hora abençoada,
Queria um livro de poesia,
E fui encontrar uma fada.
 
Ou uma santa qualquer,
Fugida do seu altar:
Tinha formas de mulher,
E uns olhos a cintilar.
 
Duas esmeraldas brilhando,
Numa tez em tom marfim,
Duas estrelas cintilando,
Num rosto de querubim.
 
Amendoados, tão belos
Só lhe encontrei um senão:
Guarda-los e poder tê-los
Dentro do meu coração.


Tivesse eu dinheiro aos molhos,
Fosse milionário um dia,
Para ver sempre esses olhos
Eu comprava a livraria.
 
Rio de Mouro, 27/O1/2014