TARDE DE VERÃO
Na tarde dum Verão abrasador,
Procuro que uma sombra me proteja.
Sento-me
à mesa, peço uma cerveja,
E olho o panorama em meu redor,
Mulheres lindas fogem ao calor,
Vestindo a minissaia que as areja,
De modo que o umbigo bem se veja,
E os seios se desnudem sem pudor.
Pesam-me os anos já nesta visão,
Pois que o passado é, agora, um mito
E o presente só mera presunção.
Por isso na velhice cumpro um rito:
Sentado ali, olhando a multidão,
Cerro os olhos e, às tantas, já dormito.
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