terça-feira, 17 de junho de 2014


 

VILA NOVA DA BARQUINHA
 

Canoa de teu rio foi o berço
Que embalou meus sonhos de menino.
De minha juventude o universo,
O cais onde embarquei sem ter destino.
 
Cumprindo esse meu fado controverso,
Ninfas do Tejo, em seu poder divino,
Ditaram-me o caminho, rumo inverso,
Coartando-me a razão e o pouco tino.
 
Raiz de meus avós, dum tempo ido,
Da escola, da infância desabrida,
Do Tejo encantador que não olvido.
 
Marco de toda a minha identidade,
Sois parte do meu ser, da minha vida,
O espelho onde me vejo com saudade.

 

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