sexta-feira, 12 de setembro de 2014


TARDE DE VERÃO          

          

           Na tarde dum Verão abrasador,
           Procuro que uma sombra me proteja.
   Sento-me à mesa, peço uma cerveja,
E olho o panorama em meu redor, 


Mulheres lindas fogem ao calor,
Vestindo a minissaia que as areja,
De modo que o umbigo bem se veja,
E os seios se desnudem sem pudor. 


Pesam-me os anos já nesta visão,
Pois que o passado é, agora, um mito
E o presente só mera presunção. 


Por isso na velhice cumpro um rito:
Sentado ali, olhando a multidão,
Cerro os olhos e, às tantas, já dormito.


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